CONTRA O LATROGENOCÍDIO DO POVO LÍBIO


CONTRA O LATROGENOCÍDIO DO POVO LÍBIO



Mantemos a recomendação do vídeo de Jean-Luc Godard, com sua reflexão sobre a cultura européia-ocidental, enquanto a agressão injusta à Nação Líbia perdurar.




Como contraponto à defesa de civis pelos americanos, alardeada em quase todas as recentes guerras de agressão que promovem, recomendamos o vídeo abaixo, obtido pelo Wikileaks e descriptografado pela Agência Reuters

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Manifesto de artistas e intelectuais pela democracia e pelo povo:

À NAÇÃO

Em uma democracia nenhum poder é soberano.
Soberano é o povo.
É esse povo – o povo brasileiro – que irá expressar sua vontade soberana no próximo dia 3 de outubro, elegendo seu novo Presidente e 27 Governadores, renovando toda a Câmara de Deputados, Assembléias Legislativas e dois terços do Senado Federal.
Antevendo um desastre eleitoral, setores da oposição têm buscado minimizar sua derrota, desqualificando a vitória que se anuncia dos candidatos da coalizão Para o Brasil Seguir Mudando, encabeçada por Dilma Rousseff.
Em suas manifestações ecoam as campanhas dos anos 50 contra Getúlio Vargas e os argumentos que prepararam o Golpe de 1964. Não faltam críticas ao “populismo”, aos movimentos sociais, que apresentam como “aparelhados pelo Estado”, ou à ameaça de uma “República Sindicalista”, tantas vezes repetida em décadas passadas para justificar aventuras autoritárias.
O Presidente Lula e seu Governo beneficiam-se de ampla aprovação da sociedade brasileira. Inconformados com esse apoio, uma minoria com acesso aos meios, busca desqualificar esse povo, apresentando-o como “ignorante”, “anestesiado” ou “comprado pelas esmolas” dos programas sociais.
Desacostumados com uma sociedade de direitos, confunde-na sempre com uma sociedade de favores e prebendas.
O manto da democracia e do Estado de Direito com o qual pretendem encobrir seu conservadorismo não é capaz de ocultar a plumagem de uma Casa Grande inconformada com a emergência da Senzala na vida social e política do país nos últimos anos. A velha e reacionária UDN reaparece “sob nova direção”.
Em nome da liberdade de imprensa querem suprimir a liberdade de expressão.
A imprensa pode criticar, mas não quer ser criticada.
É profundamente anti-democrático – totalitário mesmo – caracterizar qualquer crítica à imprensa como uma ameaça à liberdade de imprensa.
Os meios de comunicação exerceram, nestes últimos oito anos, sua atividade sem nenhuma restrição por parte do Governo.
Mesmo quando acusaram sem provas.
Ou quando enxovalharam homens e mulheres sem oferecer-lhes direito de resposta.
Ou, ainda, quando invadiram a privacidade e a família do próprio Presidente da República.
A oposição está colhendo o que plantou nestes últimos anos.
Sua inconformidade com o êxito do Governo Lula, levou-a à perplexidade. Sua incapacidade de oferecer à sociedade brasileira um projeto alternativo de Nação, confinou-a no gueto de um conservadorismo ressentido e arrogante.
O Brasil passou por uma grande transformação.
Retomou o crescimento. Distribuiu renda. Conseguiu combinar esses dois processos com a estabilidade macroeconômica e com a redução da vulnerabilidade externa. E – o que é mais importante – fez tudo isso com expansão da democracia e com uma presença soberana no mundo.
Ninguém nos afastará desse caminho.
Viva o povo brasileiro.
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Participe do abaixo assinado:
http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/7080

domingo, 26 de setembro de 2010

A MÍDIA COMERCIAL EM GUERRA CONTRA LULA E DILMA, Leonardo Boff

Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o “silêncio obsequioso”pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o “Brasil Nunca Mais” onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.

Esta história de vida, me avaliza para fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a midia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de idéias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.

Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando vêem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como “famiglia” mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública. São os donos do Estado de São Paulo, da Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e chulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico, assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um Presidente que vem deste povo. Mais que informar e fornecer material para a discussão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.

Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos, editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido à mais alta autoridade do pais, ao Presidente Lula. Nele vêem apenas um peão a ser tratado com o chicote da palavra que humilha.

Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica produzindo.

Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma) “a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada, antiprogresssita, antinacional e nãocontemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo, Jeca Tatu, negou seus direitos, arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação, conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que contiua achando que lhe pertence (p.16)”.

Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles tem pavor do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascendente como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o Presidene de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável.

Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados de onde vem Lula e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coroneis e de “fazedores de cabeça” do povo. Quando Lula afirmou que “a opinião pública somos nós”, frase tão distorcida por essa midia raivosa, quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da midia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à ditadura da palabra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes de informação e de opinião.

O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa de fizeram classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola, a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.

Outro conceito inovador foi o desenvolvimento com inclusão soicial e distribuição de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já beneficiados à custa das massas destituidas e com salários de fome. Agora ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas importa reconhecer que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção dos mais marginalizados.

O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que assiste, assustada, o fortalecimento da soberania popular que se torna crítica, não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática do Brasil. Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela VEJA faz questão de não ver, protagonista de mudanças sociais não somente com referência à terra mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de produção.

O que está em jogo neste enfrentamento entre a midia comercial e Lula/Dilma é a questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocoloncial, neoglobalizado e no fundo, retrógrado e velhista ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos, antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes.

Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a despeito das má vontade deste setor endurecido da midia comercial e empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construido com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.

*Teólogo, filósofo, escritor e representante da Iniciativa Internacional da Carta da Terra.

Fonte: Agência Carta Maior.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

DILMA É GARANTIA PARA O POVO, por COLETIVO BRASIL 3000

DILMA É GARANTIA PARA O POVO

Reconstruindo o Brasil com o seu voto.





1) Um compromisso - Dilma é mais que uma candidatura. É compromisso de todos e de cada um em aprofundar o rompimento com a forma de fazer política dos governos conservadores anteriores ao Lula (tucanos neoliberais ou democratas carcomidos). Que ao longo da nossa história, por incompetência ou pura conveniência, nada fizeram para reverter este quadro de constante crise social, falta de desenvolvimento, descaso com a educação e saúde e outras tantas situações calamitosas com as quais convivíamos até a nos parecerem inevitáveis. A eleição de Dilma representa o aprofundamento de uma democracia real e efetiva em nosso país, centrada nos interesses da maioria do povo brasileiro. Os trabalhadores, maioria do povo brasileiro, nunca foram parte, como sujeitos, do discurso conservador. Pelo contrário, repetidamente, os conservadores desqualificam a competência política dos trabalhodores. Mais um blefe desmentido, na prática, pelo Governo Lula.

2) Com o povo - Dilma, com sua experiência, política e administrativa, já demonstrada durante o Governo do Presidente Lula, será a garantia de continuidade e aprimoramento do desenvolvimento econômico, político e social que estamos vivendo. Que é fruto da nova direção dada ao Estado Brasileiro, agora, de fato, voltado para a totalidade de seu povo e, não, apenas para a “elite” de sempre, predadora e insensível. Graças à preocupação com o social, que sempre orientou esse Governo cuja continuação Dilma representa, entre tantos outros aspectos favoráveis, uma parcela enorme de nosso povo foi retirada da situação de miséria quase absoluta e outra não menos significativa saiu do patamar da pobreza. Cresceu o emprego com carteira assinada, surgiu movimento cultural preocupado com os dramas e alegrias do Brasil, iniciou-se política internacional independente, solidária, rompendo com tradição conservadora de olhar o mundo, e se portarem diante dele, como devedores subalternos, em tudo, das nações do primeiro mundo.

3) O petróleo é nosso - Torna-se evidente que esta eleição envolve mais do que a escolha presidencial. Está em jogo, diante da já sabida ameaça de crise energética mundial, a questão da exploração da reserva petrolífera do pré-sal, alvo notório de interesses internacionais. A ninguém é dado desconhecer que a descoberta dessa imensa riqueza deveu-se exclusivamente ao esforço do povo brasileiro, através da nossa Petrobrás. Empresa que, caso houvesse vingado a política entreguista e de desmantelamento do Estado, patrocinada pelos conservadores (“democratas” e tucanos), não mais existiria ou não existiria para nós. Mídia brasileira e norte-americana se somam para repor no governo os mesmos que, a mando de fora, privatizaram, sem necessidade, setores, estratégicos, da nossa economia, como a telefonia, a energia elétrica, a petroquímica, a siderurgia, a mineração, portos e ferrovias etc. Enfraquecendo o Estado, reconhecidamente, o único mecanismo de que, de fato, se dispõe, não só aqui, como no mundo, para promover o desenvolvimento dos povos. Passamos ao largo da crise imobiliária e de ativos, que vem balançando o globo, quase que exclusivamente pela restante capacidade de investimento que nos sobrou da sanha privatista dos neoconservadores (Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e do BNDS)

4) Brava gente brasileira - Dilma significa a retomada do Brasil, para seu povo, processo iniciado pela bravura e compromisso do governo popular de Lula e dos partidos progressistas que o apóiam. Eleger Dilma é garantir que é passado a política conservadora que, com sua arrogância, quase quebrou o Brasil. José Serra seria uma sucessão de FHC, como Dilma, será a de Lula. Se José Serra, participante ativo, ministro do primeiro escalão, nunca fez nem esboçou a menor vontade de fazer o que promete fazer agora, por que haveria de fazer depois de eleito? O que se vê da parte de José Serra é apenas uma tentativa de passar um atestado de bobo para o povo brasileiro. Ele esconde a sua participação e responsabilidade no catastrófico governo FHC e não consegue mostrar algo positivo em seu recente Governo de São Paulo. Pelo contrário, o que se vê, em São Paulo, é a manutenção e o agravamento, sob o seu governo, de problemas crônicos e repetitivos nesse grandioso Estado da Federação (enchentes, insegurança pública, ensino público abandonado etc).

5) Olho vivo - Dilma é a garantia que o povo brasileiro, que os trabalhadores brasileiros, continuarão conduzindo a transformação do Brasil, não deixando que o país volte às mãos daqueles que tudo fizeram para que esta transformação nunca ocorresse. Um governo Dilma é a consolidação da derrota da forma conservadora de fazer política. Que não vacila em lançar mão cada vez mais até mesmo da pura e simples difamação dos candidatos progressistas. Gente que, no governo FHC, tão recheado de denúncias, nunca se mexeu no sentido da apuração e tudo fez para que ela não acontecesse. E que, agora, destorcem os fatos, pisam a verdade e vão contra a própria realidade. Felizmente, uma realidade nova, muito diferente daquela que nos legaram. Qual? Não custa e é sempre bom lembrar: a do imenso desemprego, a da economia atirada na informalidade e, por conseguinte, na insegurança de todos, a das lojas e indústrias fechadas, a da violência galopante, a dos poucos trabalhadores mantidos em seus postos de trabalho totalmente intimidados. Por isso, eleitor, é que precisamos eleger Dilma, é que seu voto é importante. Com Dilma, adiante!

ColetivoBrasil3000