CONTRA O LATROGENOCÍDIO DO POVO LÍBIO


CONTRA O LATROGENOCÍDIO DO POVO LÍBIO



Mantemos a recomendação do vídeo de Jean-Luc Godard, com sua reflexão sobre a cultura européia-ocidental, enquanto a agressão injusta à Nação Líbia perdurar.




Como contraponto à defesa de civis pelos americanos, alardeada em quase todas as recentes guerras de agressão que promovem, recomendamos o vídeo abaixo, obtido pelo Wikileaks e descriptografado pela Agência Reuters

terça-feira, 30 de junho de 2009

Relatos de viagem, por Alessandro Ferreira dos Santos

- * o Coletivo Brasil 3000 publica o relato abaixo, gentilmente enviado pelo colaborador ALESSANDRO FERREIRA DOS SANTOS, em viagem atual à Europa e à Africa. * -


Mateus, bom dia! O que tenho percebido aqui e o seguinte: (inicio repetindo que o teclados aqui nao possuem configuracao de acentos)

Cheguei em Dublin - Irlanda no dia 10/06/2009, apos uma conexao em Londes, vindo de Sao Paulo. Foram 12 horas de voo e a viagem total foi de 22 horas (contando o tempo de check-in e conexao).
Ao descer no aeroporto de Londres comecou a minha decepcao. Eis porque:

-Um aeroporto imenso, com uma infra-estrutura invejavel. Sao cinco terminais. Para voce ser levado de um terminal a outro, precisa tomar um onibus, que leva cerca de 10 minutos para chegar ao outro terminal. No caminho tem semafaros e tuneis (tudo isso dentro do aeroporto). Na imigracao se ve muitos funcionarios oriundos da India, Paquistao e Bangladesh (muito corteses por sinal). O terminal de conexao e como se fosse a juncao de tres grandes shopings de BH. As lojas vendem os mais diversos produtos.

-Dublin: cidade altamente cosmopolita. Aqui se ve pessoas de todos os cantos do mundo. Nao vou citar todas as nacionalidades porque vou me estender muito. Mas neozelandeses e pessoas do leste europeu, alem de indianos nao falta em nenhuma esquina.

-Pasme: a primeira coisa que me disseram quando fui conversar com um Irlandes foi: Voces tem um competente homem no comando do Brasil. O Lula aqui e respeitadissimo, assim como Barack Husseim Obama. E quase unanime essa opiniao dos irlandeses.

-Estrutura da cidade: limpa, sistema de onibus coletivo de dois andares que possibilita uma maior captacao de passageiros e consequente diminuicao de veiculos nas ruas. Sistema de cartao por numero de dias e nao por numero de uso. O usuario pode comprar cartao de 3,5,10 dias e utilizar quantas vezes quiser por dia. Cada dia (que nao precisa ser consecutivo) e descontado no seu cartao somente na primeira viagem. Engarrafamento existe como em qualquer metropole do mundo. Direcao veicular pela direita, com faixa exclusiva para bicicletas em todas as ruas trafegaveis da cidade. O ciclista e respeitado como um motorista de taxi. Mas deve respeitar a sinalizacao tambem. E incrivel como que os ciclistas respeitam os semafaros e dificilmente saem da linha da ciclovia. Estou desfrutando disso porque estou indo as aulas diariamente de bicicleta. Em toda a cidade ha pontos para se estacionar e trancar a bicicleta. Sao barras de aco fundido.

- Quando se vai a alguma compra, principalmente em supermercado, voce tem que levar a sua sacola, pois as sacolas plasticas custam 0,22€ cada (0,60 R$). Isso para contribuir com o meio-ambiente.

- Emprego: agora comecou a ficar escasso devido ao grande numero de imigrantes e efeitos da crise financeira. Mas para quem tem, eles pagam bem: 8€ por hora (cerca de 22R$). Mas para os nativos eles pagam €15 p/h.

-Moradia: nao tem favela. Existem alguns mendingos na rua oriundos da Romenia e Nova Zelandia, dentre outras nacionalidades.
-Amizade: Os irlandeses sao muito estupidos e nao tem educacao para lidar com estrangeiros. Eles so admiram americanos. Verdadeiros puxa-sacos. Aqui existem muitos poloneses que tambem sao complicados. Eles disputam com os irlandeses para saber quem e mais estupido. Vai dar empate. Agora, os do Leste Europeu que moram aqui sao muito agradaveis. Conheci pessoas da Lituania e Eslovaquia que sao exemplos de educacao.

Esses sao apenas alguns detalhes porque estou aqui a apenas 18 dias. Dos quais, 10 fiquei me acostumando com o clima sem sair alem da casa onde estou para a aula.

Agora, por que estou decepcionado e nao maravilhado?

R: Porque Europa nao e nenhum bicho de 7 cabecas. Antes de vim eu pensava que isso seria um paraiso, um outro mundo. Eu idolatrava tudo da Europa sem antes conhecer. Apos pisar aqui e permanecer por alguns dias, vi que nao tem nada demais. E claro que o que citei acima demonstra desenvolvimento e inovacoes. Infra-estrutura. Nisso eles estao a frente mesmo. Mas se pararmos para refletir, os paises da Europa sao o reflexo do que poderiamos ser hoje no Brasil. Tambem os paises africanos e latino-americanos poderiam ter essa estrutura melhor de vida para os cidadaos. Mas por que essa diferenca? Por causa do colonialismo. Esses europeus imperialistas sao verdadeiros ladroes. Poderiam ter partilhado essa riqueza com as colonias no passado. Principalmente Portugal, Inglaterra, Espanha, Italia, Franca e Belgica sao os maiores ladroes da historia. Sugaram tanto as colonias que agora estao super desenvolvidos. Nao deixaram nada que pudesse ser aproveitado nas colonias. O que os paises africanos, latino americanos produzem hoje e porque eles mesmo desenvolveram. Quando nao havia nada mais a explorar, esses imperialistas ladroes davam a carta branca para as colonias adquirirem independencia. E os colonizados ainda se sentiam vitoriosos quando se tornaram autonomos.

Essa e a minha indignacao. Nao exalto os europeus. Nao sao melhores do que nos brasileiros como pessoa. Sao muito piores; essa e a verdade. Temos o habito de tomar banho diariamente com agua potavel. Aqui eles tomam banho de perfume quando se lembram. Nao tem higiene pessoal. Mal halito e como se fosse um habito para eles. Alem de tudo sao estupidos.

Estou aqui para aproveitar um pouco da cultura deles e aplicar no meu pais. Um bom curso de ingles e fundamental. E quando alguem exaltar os europeus perto de voce, diga que esta completamente enganada. Aqui e realmente muito bonito, uma cultura diferente, milenar e interessante. E digno de se tirar muitas fotos. Mas nao e o paraiso. Nao estou aqui para apenas fazer criticas e viver o meu tempo com amargura na Europa. Nao. Mas nao custa ver as coisas com outros olhos.

Estou achando as coisas muito comuns aqui por causa da lingua. A facilidade na comunicacao com os estupidos estrangeiros e a percepcao do que estao falando me faz sentir como um habitante e nao um desconhecido. E por isso que nos proximos finais de semana a partir do dia 10, irei cada um para uma capital diversa e com lingua diversa para sentir algo diferente: Moscow, Bratislava (Eslovaquia), Praga(Republica Tcheca), Bucareste (Romenia) e Escandinavia para finalizar. A vantagem e que a passagem aerea entre capitais e muito barata. Por exemplo, de Dublin para Praga, paga-se apenas 60€ com todas as taxas de embarque.

Ao fim, em setembro, irei visitar duas ex-colonias na Africa para sentir de perto como os europeus sao ladroes.

Abracos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!-- ALESSANDRO FERREIRA DOS SANTOS

-Recebido em 28/06/09

segunda-feira, 29 de junho de 2009

II Caminhada pela Liberdade Religiosa (Rio de Janeiro/RJ).

Data: 20/Setembro/2009, DomingoHorário: 10:00h da manhãConcentração: Posto 06, Copacabana.Liberdade Religiosa. Eu tenho Fé!!!Ajudem na divulgação e com sua presença no dia da Caminhada. Leve sua casa e seus filhos, leve sua alegria de estar lutando por nossa liberdade religiosa, mas em um clima de paz e fraternidade.Site da caminhada:http://www.eutenhofe.org.brSites alternativos indicando a Caminhada:http://www.ceubrio.com.br/http://www.umbanda.etc.brhttp://diversidadereligiosa.ning.com/Contatos para material da II Caminhada e do Guia de Combatre 'a Intolerância Religiosa.Rosiane (assessora de Imprensa):email: rosiane.r72@gmail.comComissão de Combate à Intolerância ReligiosaTel: 21.22733974 / 97958867 / 92905933CEUB:email: ceubrasil@uol.com.br ou j_mattoso@terra.com.brTel.: 21 22733974Um abraço,Pai Etiene Sales.Membro da Comissão Contra 'a Intolerância Religiosa

domingo, 28 de junho de 2009

Comissão de Combate à Intolerância Religiosa faz denúncia de “ditadura” religiosa no Brasil ao Presidente do Conselho de Direitos Humanos da ONU,

A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa – CCIR - entrega hoje, em Brasília, ao Embaixador Martin I. Uhomoibai, presidente do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, relatório que denuncia o estado de “ditadura” religiosa promovida pelos neopentecostais no Brasil. O documento relata 15 casos atendidos pela CCIR que desenrolaram em 34 ações judiciais - no Estado do Rio de Janeiro -, além de 3 vítimas que vivem ameaçadas em suas próprias comunidades e 10 casos de intolerância religiosa em outros quatro estados. O relatório aponta a Igreja Universal do Reino de Deus como propagadora da intolerância religiosa no país.

O encontro ente os religiosos e o Embaixador acontece, reservadamente, às 14h, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. O Centro está abrigando a Conferência Nacional de Políticas de Promoção de Igualdade Racial.

O objetivo é pedir ao Embaixador que designe um investigador para comprovar as denúncias e que seja elaborado um diagnostico pela ONU. Outro objetivo é acelerar a relaizaçõa do Plano Nacional de Combate à Intolerância Religiosa pelo governo brasileiro.

O documento, produzido pelos próprios religiosos da Comissão, não trás estatísticas – que não existem. Toda documentação é feita por matérias publicadas na imprensa sobre as vítimas de intolerância religiosa e as formas de perseguição. O capítulo 3 trata do conflito entre as igrejas neopentecostais e a imprensa livre no Brasil, revela o domínio da mídia eletrônica pelos neopentecostais.

Uma copia do relatório também será entregue ao Secretário Executivo da Comissão da União Africana - Sr. Adama Samassekou (Presidente da Academia de Letras Africanas/ ACALAN); Presidente da Conferência de Lideranças em Direitos Civis – Sr. Wade Henderson e Membro do Comitê Internacional de Seguimento de Durban – Sra Epsy Campbell, além do Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim e Zulu Araújo, presidente da Fundação Palmares.

Mais informações:

Rosiane Rodrigues
Assessoria de Imprensa
Comissão de Combate à Intolerância Religiosa
Tel: 21.22733974 / 97958867 / 92905933
2009/6/27

-Texto recebido em 27/06/09, sem indicação de autoria

sexta-feira, 26 de junho de 2009

SABEDORIA NATURAL E SABER ARTIFICIAL - O ÍNDIO E O BRANCO, atribuído a ELIZABETHE MILWAARD

Para entender os benefícios da Sabedoria Natural, é preciso compreender o sentido do Saber Artificial, que compreende o conhecimento material humano e de que maneira ambos ajudam ou prejudicam a vida. Será que o Saber Artificial pode ser positivo sem a Sabedoria Natural? Absolutamente, não. Do Saber Natural parte toda a compreensão entre as pessoas, e também, das coisas existentes no Universo. No início da criação do mundo só havia o Saber Natural e, os seres humanos o utilizavam muito bem de maneira positiva, já que precisavam recorrer a todos os seus talentos e habilidades para manutenção da sobrevivência e preservação da espécie humana. Sabiam como extrair e usar os recursos naturais sem agredir o meio ambiente ou degradá-los. Os índios sabem muito bem como utilizar o seu Saber Natural. Eles não precisam disputar entre si para a obtenção de alguma coisa, pois, tudo é herdado da Natureza. O saber indígena, sua alegria, liberdade e sabedoria, de maneira geral, são adquiridos por meio de sábias interpretações das regras reinantes na Natureza. Eles conhecem como devem utilizar as plantas sem a necessidade de seguir um manual. Sabem como educar seus filhos sem o emprego de cartilha. Pelo fato de terem herdado tudo que existe na Natureza, não acreditam que alguém possa ser tão mal para tirar-lhe algo. Sua inocência está embutida exclusivamente na sabedoria natural, não é aprendida. Eles sabem por que sabem. Por isso não se preocupam em passar o conhecimento natural para os outros. Na verdade, os índios não têm segredos para com os seus semelhantes. Tudo que é aprendido entre eles, é passado para a próxima geração com muita clareza e seguido à risca por todos os seus descendentes. Infelizmente, o homem que se auto-intitula de branco, com sua enorme crueldade, extirpou os índios, sem dó nem piedade, sem aproveitar a chance de aprender o verdadeiro valor da natureza, e, por este motivo, conseguiu se afundar na própria ignorância e estúpida leviandade. O homem que se intitula civilizado, sequer adquiriu a consciência ecológica. O meio ambiente, a espécie humana e o planeta, estão sendo esmagados por falta da Sabedoria Natural e do excesso do Saber Artificial, saber totalmente técnico. A falta do conhecimento e dos benefícios naturais, faz com que a humanidade sofra graves conseqüências, levando uma vida inteiramente mecanizada, estressante, frustrante, insegura, depressiva e doentia. As escolas, que deveriam ter incluído o Saber Natural nas disciplinas dos alunos, foram as primeiras a ignorar toda a grandeza oferecida pelos índios. Preocupam-se, unicamente, com os ensinamentos artificiais, puramente técnicos. Por sua vez, esses ensinamentos vêm sendo usados de maneira altamente negativa, com alto grau de destruição.
O índio não sabe o que é estresse. Este resulta da insegurança. Palavras como menopausa, câncer, depressão e outros nomes de doenças, não existem na cultura indígena. O Saber Artificial compreende um conjunto de informações que são aprendidas nas escolas ou de outras fontes. Certas experiências são passadas sem nenhum questionamento e, também, sem o crivo de uma análise mais profunda. Por estes motivos, tornam-se falhas e obsoletas. Muitas informações, quando absorvidas e transformadas em material de uso humano, às vezes não servem para nada. De tudo que é aprendido numa vida inteira, não é usado nem 1%, e, quando é aproveitado, é utilizado sem critério algum. As informações adquiridas precisam ser bem gerenciadas, caso isto não aconteça, o responsável pela aquisição das informações corre perigo de ser destruído pela criação de uma obra na qual foram empregadas.
O ser humano costuma colocar o Saber Artificial sempre em primeiro lugar ou acima da sua própria vida. Um exemplo, é a pessoa que constrói algo e passa a admirar somente o seu trabalho ou criação, esquecendo os princípios básicos e os verdadeiros valores como ser humano. Muitas vezes é ótimo na profissão, mas, péssimo como marido, amigo, amante ou filho. Não apresenta nenhum laço afetivo ou de cordialidade para com os outros.
Na realidade, o Saber Artificial torna-se inativo sem a Sabedoria Natural, pois, saber sem o compreender é pura ignorância.

Autor:ELIZABETHE MILWAARD, professora de Consciência Nutricional e Ortomolecular do Sistema Raiz da Vida, http://www.raizdavida.com.br/




Este artigo na versão em inglês destina-se aos leitores estrangeiros residentes em Brasília que não dominam a língua portuguesa. Pode ser publicado em qualquer veículo de comunicação no Brasil ou no exterior. Pede-se manter o nome da autora e o seu crédito.

/--------/ This article in the English version is intended foreign readers living in Brasília not dominate the English language. May be published on any vehicle of communication in Brazil or abroad. Calls to retain the name of the author and his credit.




WISDOM NATURAL AND ARTIFICIAL KNOW - THE INDIAN AND THE WHITE To understand the benefits of Natural Wisdom we must understand the meaning of Artificial Knowing, which includes the knowledge that human and material way either help or hinder your life. Will Learn Artificial can be positive without the Wisdom Natural? Absolutely not. Learn Natural part of the entire understanding between the people and also, of things in the universe. At the beginning of the creation of the world only had the Natural Knowledge, and humans used the well in a positive manner, as needed to use all their talents and skills to maintain the survival and preservation of the human species. Knew how to extract and use natural resources without damaging the environment or degrade them. The Indians know very well how to use your Wisdom Natural. They do not have to compete among themselves to obtain anything, because everything is inherited from nature. The indigenous knowledge, their joy, freedom and wisdom in general, are acquired through wise interpretations of the rules reigning in nature. They know how to use the plants without the need to follow a manual. Know how to educate their children without the use of primer. Because they have inherited all that exists in nature, do not believe that someone could be so bad to get him something. His innocence is built exclusively on natural wisdom, is not learned. They know that you know. So do not worry about passing the natural knowledge to others. Indeed, the Indians have no secrets to their peers. Everything that is learned from them, is passed to the next generation with great clarity and by adhering to all its descendants. Unfortunately, the man who is white, with its enormous cruelty, extirpate the Indians, without pity or mercy, not take the chance to learn the true value of nature and, therefore, able to sink in the dark stupid and foolhardy. The man who calls itself civilized, even bought the environmentally conscious. The environment, the human species and the planet, are being crushed by lack of Wisdom Natural and excess of Artificial Knowledge, technical know fully. Lack of knowledge and natural benefits, means that humanity is suffering serious consequences, leading a life entirely mechanized, stressful, frustrating, insecure, depressed and unhealthy. The schools, which should have included the Natural Learn the disciplines of the students were the first to ignore all the grandeur offered by the Indians. Concern is solely with the teachings artificial, purely technical. In turn, these lessons are being used on a highly negative, with a high degree of destruction. The Indian does not know what stress is. This stems from insecurity. Words such as menopause, cancer, depression and other names of diseases do not exist in indigenous culture. The Artificial Knowledge comprises a set of information that is learned in schools or other sources. Certain experiences are passed without any questioning, and also without the sieve for further analysis. For these reasons, faults and become obsolete. Much information, when absorbed and transformed into material for human use, sometimes not used to anything. Of everything that is learned in an entire life, is not used or 1%, and, when used, is used without any discretion. The information gained must be well managed, if not, the person responsible for the acquisition of information in danger of being destroyed by the creation of a work in which they were employed. Human beings tend to put the Saber Artificial always first or above your own life. An example is the person who builds something and will just admire your work or creation, forgetting the basic principles and the true values as human beings. Often in the profession is great, but bad as husband, friend, lover or child. Presents no family or emotional warmth towards others. In fact, the Artificial Knowledge becomes inactive without Wisdom Natural because, without knowing the understanding is sheer ignorance. Author: Elizabeth MILWAARD, professor of Nutrition Awareness System Root of Life, http://www.raizdavida.com.br/

quarta-feira, 17 de junho de 2009

AMAZONIA: UMA QUESTÃO MILITAR , por MAURO SANTAYANA

JB on line de 11-junho-2009

O projeto, elaborado pelo ministro Mangabeira Unger, e alterado nas discussões interministeriais, de regularização da posse das terras amazônicas, já não era o melhor, e se complicou com as emendas acrescentadas pelos parlamentares.
A questão prioritária da Amazônia é a da soberania, e nisso podemos duvidar do Congresso, que não parece submetido plenamente à vontade do povo. A ação parlamentar dos últimos anos não nos conforta: ela se faz mais pro domo sua, do que no interesse geral do país.
No caso em pauta, Câmara e Senado, em sua maioria – embora, no Senado, fosse de apenas dois votos – agiram para atender aos interesses dos empresários do agronegócio e outros.Os estudos recomendavam que se regularizassem apenas as posses cadastradas até 400 hectares de área, o que corresponderia a 81% dos ocupantes e a 7,8 milhões de hectares.
Ainda no âmbito do Poder Executivo, decidiu-se ampliar a área a ser concedida a 1.500 hectares, o que eleva a 67 milhões de hectares o total das glebas.
De acordo com omissão do projeto aprovado, estrangeiros, tanto como pessoas físicas quanto jurídicas, poderão ser beneficiados, o que favorecerá a desnacionalização do território. Além disso, os latifundiários que vivem fora – e mantêm laranjas ou prepostos nas glebas – poderão regularizá-las, e revendê-las três anos depois, o que retira do projeto o seu interesse social, em benefício dos ricos.
O presidente Lula declarou, ontem, que irá vetar os acréscimos à medida provisória. É provável que, ao reexaminar a questão, ele venha a proibir claramente a legalização de terras ocupadas por estrangeiros, qualquer que seja sua extensão. Talvez fosse melhor que a vetasse por inteiro, e mandasse ouvir a sociedade, antes de enviar ao Congresso não medida provisória mas projeto de lei, bem estruturado. Não está em jogo uma situação conjuntural mas a integridade do território brasileiro. A Amazônia já é ocupada pelas ONGs, missões religiosas, madeireiras indonésias, antropólogos neolíticos, caçadores de bichos e plantas medicinais, traficantes de drogas e minerais.
A questão, mais do que fundiária, é bélica. Não temamos usar o adjetivo que expressa a ultima ratio das nações. Seria importante que as Forças Armadas fossem reforçadas com homens e equipamentos, uma vez que não se trata só de preservar a Amazônia mas, sim, de reconquistá-la, reincorporá-la, em todas as suas dimensões, ao território e à alma nacional. Desde o projeto malsinado da internacionalização da Hileia, durante o governo Dutra, damos ao mundo a impressão de que nos sentimos constrangidos em possuir tal patrimônio. É como se, por incompetência, estivéssemos dispostos a compartilhar sua soberania com os outros. A realidade, no entanto, demonstra que só nós mesmos, os brasileiros, e ninguém mais, dispomos da experiência, da vontade e do conhecimento para usufruir racionalmente do território e assegurar seu futuro. Isso significa dispensar a ajuda de organizações estrangeiras, restringir e fiscalizar a ação de “pesquisadores”, bem como as missões religiosas – e garantir aos órgãos civis do governo a execução de política fundiária adequada. Ao mesmo tempo, é necessária vigilância da cidadania sobre o Congresso. Se houvesse pressão legítima dos cidadãos, o Parlamento não teria amolgado a medida provisória, contra o interesse da nação como um todo.
Alguns antropólogos e ongueiros combatem a presença militar ali pelos motivos que os historiadores conhecem. Os ingleses, a pretexto de observações botânicas, enviaram, em meados do século 19, ao Norte do Brasil – com autorização do nosso governo imperial – o explorador alemão Robert Schomburgk. O “pesquisador” se assenhoreou da região do Pirara e, a pretexto de proteger tribos indígenas (as mesmas que foram protegidas agora pelo STF, na amputação de Roraima), colocou os marcos de soberania inglesa em nosso território. Em 1904, perdemos grande parcela daquelas terras para os ingleses, com o laudo de arbitragem de Vittorio Emanuele II, da Itália, que se baseou, entre outras “provas”, no depoimento de índios macuxis, que brandem agora bandeiras da “nação indígena” em Roraima. Quem entende da Amazônia são os seus caboclos e indígenas não “catequizados” pelos estrangeiros. Quem entende dos caboclos e dos indígenas, com a experiência do convívio solidário, desde a heroica saga de Rondon, são os militares.

recebido em 15/06/09

segunda-feira, 8 de junho de 2009

"Carta de São Paulo", - divulgada em 05/06/04 por Leonel Brizola

As justificativas dos governos para implantar e manter a política neoliberal que estagnou a economia e agravou o problema social brasileiro são inconsistentes e ridículas. O modelo econômico que aí está nos foi imposto como se não houvesse alternativa, o que é uma grande mentira.
Isso foi possível pela força do dinheiro e da chantagem, mobilizando mídia, políticos e intelectuais para convencer-nos desse absurdo. Nada pode existir que obrigue um grande país como o nosso à rendição.
O que há, na verdade, é uma grande ilusão a respeito do capital estrangeiro. Barbosa Lima Sobrinho dizia e repetia que o capital se faz em casa. Ele estava certo. O progresso que o capital estrangeiro nos traz é fugaz, e só busca o lucro. Ele só pode ser útil se estiver sob adequado controle legal. O grande progresso do Brasil se fez quando Getúlio Vargas assumiu o poder com a Revolução de 30 e implantou um projeto de desenvolvimento para o Brasil com Soberania e Justiça Social.
Mesmo tendo que renunciar ao governo, logo após a Segunda Grande Guerra, quando voltou ao poder, ele retomou o projeto nacional de seu primeiro governo, criando a Eletrobrás, a Petrobrás e o Fundo Rodoviário Nacional com o imposto sobre os combustíveis. Sua postura de estadista patriota custou-lhe caro. Na sua Carta Testamento ele afirma: ?Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculizada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre?.
Os governos que se seguiram viveram o dilema de continuar o projeto trabalhista de Getúlio Vargas ou ceder aos interesses do capital estrangeiro, tornando instável a democracia brasileira, até que, em 1964, veio o golpe militar. A ditadura que se instaurou governou com se houvesse um pacto de concessões mútuas, o governo reforçou a presença estatal na economia, mas abriu-se ao capital financeiro internacional, através do endividamento externo. Transformaram uma dívida de 2,4 bilhões de dólares, em 1964, em 79,1 bilhões de dólares, em 1984. Criou-se assim uma fonte de crises e um instrumento de pressão para novas concessões dos governos que se seguiram, bloqueando o crescimento econômico nacional.
A partir de 1990, com a cumplicidade de nossos governos, um modelo econômico perverso e vicioso foi implantado no Brasil. Ele privilegia o capital com o sacrifício do trabalhador. Os rendimentos do trabalho vêm diminuindo com conseqüente redução da capacidade de compra da família brasileira, o que provoca a estagnação econômica e, com ela, a redução dos empregos. A diminuição dos salários e o desemprego reduzem o mercado, gerando crise de consumo. Para consumir os excedentes da produção as exportações precisam crescer e gerar saldo na balança comercial, que pagará as transferências dos lucros e dos juros da dívida externa. Dessa forma, nossa capacidade de poupança é desviada do seu caminho legítimo do investimento para o desenvolvimento, para alimentar o sistema financeiro internacional. Se alguém ainda se pergunta o que vem a ser ?perdas internacionais? já tem a resposta: a transferência para os países ricos da nossa poupança, construída com o sacrifício da população brasileira.
A redução da renda do trabalho e o desemprego criam demandas extras de serviços públicos. A pequena expansão das receitas, devido à estagnação econômica, leva o Estado já endividado a contrair novas dívidas e a aumentar a tributação, num círculo vicioso como uma bola de neve. Assim ele acaba por tornar-se prisioneiro dos interesses do sistema financeiro e incapacitado para prestar os serviços necessários à população. Tudo isso influi negativamente na vida das pessoas e produz distúrbios na sociedade que, na medida de seu agravamento, produz crise social. Debilitado, o Estado negligencia seus instrumentos de defesa das instituições e da cidadania, a Justiça, as Forças Armadas, no plano externo, e as Polícias, no plano da segurança pública. Estamos vivendo no Brasil essa fase, que nos levará a ser um novo tipo de colônia.De 1990 até agora a participação da massa salarial no PIB brasileiro caiu mais de 30%. O mesmo fenômeno se deu no México, na Argentina e em muitos outros países. Esse modelo engorda o sistema bancário e as contas dos especuladores, gerando o fausto e a soberba, e emagrece a renda do trabalho produzindo a miséria, a doença, a exclusão social e a violência. Sustentando essa insânia está uma dívida pública impagável e paradoxalmente crescente.
A doutrina neoliberal não serve ao povo brasileiro, nem à humanidade. Como se isso já não fosse insuportável, veio agora o unilateralismo americano, uma nova vertente do neoliberalismo, apoiado numa combinação de negócios, guerras e ameaças, em flagrante desrespeito ao direito internacional e à autodeterminação dos povos. Esses dois processos de dominação estão produzindo a insegurança, o terrorismo e conflitos diversos, inclusive religiosos e étnicos, vitimando milhões de pessoas inocentes e inviabilizando a liberdade e o progresso para muitos povos. Contra tudo isso o povo brasileiro elegeu Lula presidente da República. Para nossa infelicidade, Lula aderiu aos preceitos e compromissos dos adversários do povo brasileiro, agravando a nossa situação.Tudo isso indica a necessidade urgente de substituir o modelo econômico neoliberal adotado no Brasil, por outro que promova o desenvolvimento e o progresso para alcançarmos a Justiça Social e consolidarmos a Soberania Nacional e a Paz.
Nossa vocação para a paz nos impõe a construção de um outro destino, com a restauração do projeto nacional de Getúlio Vargas, combatendo a desigualdade, o preconceito, a violência, a corrupção e o crime organizado. Isso se faz com amor e muito trabalho. São esses, o cimento e a pedra com os quais construiremos nossa grande nação, próspera, pacífica e humana.Começaremos por impedir a continuidade da destruição das conquistas de nosso povo usurpadas pelos governos conservadores que se imbuíram da missão negativista de destruir a Era Vargas, e sustar a especulação desenfreada e a entrega das nossas riquezas ao domínio dos grupos financeiros internacionais, que são feitas através do pagamento exorbitante de juros e de concessões absurdas como das áreas de exploração de petróleo. Em seguida devemos restaurar aquelas conquistas retiradas da população.
A história nos impôs um confronto entre o projeto de desenvolvimento nacional para atender às necessidades do nosso povo e esse que está aí de enfraquecimento do Estado e da Sociedade para submeter ambos aos interesses do capital financeiro.
Não podemos nos esquecer que teremos neste ano eleições municipais. O poder local já deverá servir de instrumento para começarmos a mudar o Brasil. A redução da renda do trabalho, o desemprego e a deficiência dos serviços públicos fazem crescer as demandas sobre as administrações municipais, o poder público mais perto do cidadão. As prefeituras têm o dever de atender às necessidades do cidadão, com oferta de serviços de qualidade e assistência aos trabalhadores e pequenos proprietários nas suas atividades produtivas e, ainda, na ampliação das oportunidades de trabalho e da geração de renda para a população. Essa é a recomendação que nós trabalhistas fazemos aos futuros prefeitos para minorar os sofrimentos e dificuldades da nossa população, decorrentes da política econômica anti-social dos nossos governos anterior e atual.Vamos construir o Projeto Brasil Trabalhista que tem como objetivo principal a realização humana, através de uma sociedade democrática construída com amor, fraternidade e solidariedade. O desenvolvimento é necessário para atender às necessidades das pessoas, ao crescimento da nação e à segurança de ambas, produzindo a prosperidade, democratizando a riqueza, eliminando preconceitos e discriminações e suplantando as mazelas da dominação externa e da escravidão. A justiça social é um processo permanente de busca da igualdade de oportunidade e da realização humana, com base no princípio de que todos são iguais. A soberania é a condição primeira de existência de uma nação formada por uma população livre e identificada com sua maneira de ser, com sua cultura. Esse é o nosso projeto que faremos restaurando em plenitude os princípios republicanos da democracia, com eleições livres, onde os votos possam ser recontados, da independência dos poderes e do federalismo.
Muitos quadros do PDT, profissionais altamente qualificados nas mais diversas áreas de atividade, vêm trabalhando na elaboração de projetos e programas para viabilizar as políticas e ações necessárias à recuperação do Brasil. Esse Encontro Nacional do PDT cumpre uma etapa importante nesse processo de criação, a partir desses estudos, de um grande projeto nacional capaz de garantir o êxito governamental numa ação estratégica de mudança que o país precisa e que sua população está a exigir.A partir de agora o PDT vai promover, por todo o país, a mobilização da inteligência brasileira e da capacidade de luta do nosso povo, para, juntos, aprofundarmos a discussão sobre todas essas questões e darmos uma forma final ao projeto que vai tornar o Brasil uma nação soberana, próspera e justa, o Projeto Brasil Trabalhista. Para cumprirmos essa missão patriótica, junte-se a nós cidadão brasileiro!"

- republicada pelo Blog neste mês de junho/09, mês do fdalecimento de Leonel de Moura Brizola, tendo sido extraída do site http://porfiriohistoria.blogspot.com/2009/06/carta-de-sao-paulo-o-ultimo-ato.html em 08/06/09

sexta-feira, 5 de junho de 2009

A arte nacional pertence ao povo, entrevista com Zé de Abreu, pelo Site Zé Dirceu

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03/06/2009 11:05

A conclusão é de Zé de Abreu que nesta entrevista analisa as propostas de mudanças na Lei Rouanet, seu ofício de ator e as dificuldades de se fazer arte neste país. Também fala de política, mídia e conta seus projetos futuros.
A arte nacional pertence ao povo
A conclusão é do ator José de Abreu, com a bagagem de quem possui mais de 40 anos dedicados à dramaturgia brasileira. Nascido em Santa Rita do Passa Quatro (SP), foi na capital paulista que o estudante de Direito da PUC-SP estreou nos palcos com Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, em 1967.Militante do movimento estudantil, lutou contra a ditadura militar e teve sua carreira interrompida após ser preso no Congresso de Ibiúna. Exilado em 68, retornou ao país em 1974, passando a morar, inicialmente, em Pelotas (RS).Nesta entrevista, o ator de cinema, teatro e televisão explica o seu ofício e como se prepara na construção de seus personagens. Também aponta as dificuldades que cerceiam a produção artística hoje no país e garante, com a experiência de suas viagens, que um expressivo número de cidades brasileiras já contam com pelo menos um teatro.Sobre as mudanças propostas à Lei Rouanet, Abreu critica a atual forma de captação de recursos e afirma que "na prática, 80% ou mais dos projetos, embora aprovados e com autorização, não conseguem captar um tostão. Quem consegue captar é gente famosa ou amigos dos empresários". O guerrilheiro das artes neste país também fala - e gosta - de política. Apóia a candidatura da ministra Dilma Rousseff, critica a polarização da mídia e nos conta sobre a experiência de vivenciar personagens históricos como seu recente papel de Juscelino Kubistcheck no filme "Bela Noite para Voar".

[ Zé Dirceu ] Você que tem como um de seus últimos filmes o "Bela Noite para Voar", em que faz o papel do ex-presidente Juscelino Kubitscheck, que análise faz sobre o cinema brasileiro hoje?

[ Zé de Abreu ] O cinema brasileiro é o único no mundo que vive da produção e não da exibição. A captação de recursos pela Lei do Audiovisual (de isenção fiscal), funciona no mesmo sistema da Lei Rouanet, ou seja, você tem que pagar tudo e todos os que trabalham no filme - equipe técnica, aluguel do equipamento, negativo, fitas de vídeo, diretor, produtor, roteirista, atores, enfim, tudo. Depois você capta recursos junto às distribuidoras que normalmente são norte-americanas e seguem outro mecanismo fiscal. Para que possam mandar para fora o lucro que tem com o blockbuster americano, elas são obrigadas a aplicar uma parte no país de destino dos filmes - por exemplo, o Brasil - também em incentivo fiscal. É desta forma que o filme é lançado e distribuído. Se o filme atingir até 1 milhão de espectadores, empatou. Ninguém ganha nada, entra em cartaz e vai embora. Ninguém recebeu o dinheiro da bilheteria. Se o filme tiver de 2 mi a 3 milhões de espectadores começa a haver um retorno de bilheteria para o dono do filme. Agora, veja, isso não interessa à distribuidora americana. Óbvio que se o filme fizer um baita sucesso, der 6 milhões de espectadores... Mas a grana mesmo, ela já ganhou no momento em que aplicou o dinheiro no Brasil.
Então, é uma coisa insólita. Você fez um filme que demora em média dois anos - se for muito rápido, geralmente uma produção independente leva de dois a quatro anos - teu filme fica uma semana em cartaz e acabou! Há filmes que nem chegam a ser lançados, só em festivais porque o cara não consegue uma distribuidora. Imagine, não é lançado! E você não vê a pessoa reclamar disso, porque ele é pago na produção e não na bilheteria.
O filme é do governo brasileiro
[ Zé Dirceu ] Qual o papel da televisão nisso? Qual o papel que o Canal Brasil, por exemplo, pode desempenhar?
[ Zé de Abreu ] O Canal Brasil ficou muito sólido de uns cinco anos pra cá, mudou a direção. O Paulo Mendonça está fazendo um trabalho muito intenso, mas não tem dinheiro para comprar. Eles pagam pouco para exibir o filme. O que faz um filme brasileiro normal, onde o diretor e o produtor tem certa presença? Vai para o cinema, deste vai para o DVD, depois para o canal fechado, para o canal aberto (da Globo ou Canal Brasil) e acabou. Normalmente, prefere-se a Globo porque ela passa mais e dá uma baita visibilidade. O Canal Brasil ainda é muito incipiente e embora tenha melhorado muito, ainda tem pouco público.Hoje, eu estou numa batalha para produzir um longa. Penso sempre: será que não tem outra maneira de distribuir cinema no Brasil que não seja essa maneira convencional? Já que o filme é pago com o dinheiro do povo, não tem uma maneira de fazer esse filme chegar até os verdadeiros donos? Esse filme não é do produtor, é do governo brasileiro. É por isso que o Juca [Ferreira, ministro da Cultura) está dizendo que quer pelo menos pedaços dos direitos na nova regulamentação da Lei Rouanet. Ou seja, o ministro da Cultura quer que o governo federal fique com algum direito sobre a obra patrocinada. Tem muita lógica. Ando pensando no exemplo da Carla Camurati que faz no cinema, o que faço muito com o teatro: sair viajando. Com o cinema é muito mais fácil porque você pode montar uma equipe de 50 pessoas e sair pelo Brasil distribuindo os filmes.
[ Zé Dirceu ] Você está dizendo que faz uma verdadeira guerrilha.
[ Zé de Abreu ] É uma guerrilha.
[ Zé Dirceu ] Guerra mesmo é a industrialização do cinema.
[ Zé de Abreu ] Mas aí, você corre o risco de ter seu filme cinco dias em cartaz e acabou. Ele nunca mais entra. Depois que foi, queimou.
[ Zé Dirceu ] E o DVD?
[ Zé de Abreu ] É muito importante.
[ Zé Dirceu ] Você não pode vender um milhão de cópias do filme?
[ Zé de Abreu ] Existe o problema da pirataria. No momento em que você coloca o DVD na rua, no dia seguinte eles estão vendendo a R$10. Você pode, talvez, segurar um filme sem pirataria, se tiver muito controle, no máximo até o dia da estréia, porque aí o cara entra com uma camerazinha e no dia seguinte, a fita pirata está à venda. Não sei como ainda, mas o futuro será através da Internet para você atingir todos os rincões do país. Recentemente, saiu uma pesquisa sobre o que é a aceitação das lan house. O brasileiro gosta de comunicação e internet é a comunicação.
[ Zé Dirceu ] Mas não encontramos ainda uma forma de pagar (aos autores e donos) pelos direitos na internet.
[ Zé de Abreu ] Ainda não, mas para a música já. Ontem a Macintosh estava comemorando 1 bi de downloads de programas, músicas e jogos do mundo Mac. Tudo pago. Evidente que eles dão muitas coisas. Os joguinhos para telefone, por exemplo. 80% são pagos e 20% gratuito. Mas...
[ Zé Dirceu ] Você falou sobre alterações na Lei Rouanet. Qual a sua opinião sobre as propostas e as mudanças em estudos? Quais os pontos positivos e os inconvenientes? Como o mundo da cultura está recebendo isso?
[ Zé de Abreu ] É muito difícil. Veja só a história da regionalização da cultura. Quando fugi da ditadura, fui parar em Pelotas. Eu produzi teatro no Rio Grande do Sul durante dez anos e vou te dizer: você pode fazer o melhor produto cultural no RS, e vem o pior do Rio e de São Paulo, e você perde a concorrência. Você pode montar uma peça com 20 atores, passar um ano ensaiando, belos músicos e cenógrafos, um texto de peso, um Brecht, uma baita produção e estrear num teatro em Porto Alegre, com um grupo gaúcho. Vem uma pessoa qualquer da Globo com um monólogo vagabundo, e aí não tenha dúvidas, vai lotar o teatro com o monólogo vagabundo.O que acontece na Lei Rouanet? O que se diz é que Rio e São Paulo pegam de 80% a 90% do incentivo fiscal. Agora, o desconhecido do Rio e de São Paulo continua não pegando, assim como o desconhecido do Piauí. Mas o conhecido do Piauí pega porque um bom cineasta, um bom escritor, um bom pintor do Piauí vão conseguir patrocínio nas empresas do Piauí. Mas o desconhecido de São Paulo e o do Piauí não vão. Essa é a questão do regionalismo.Outra história é a seguinte: a Lei Rouanet deu para o diretor de marketing da empresa o direito de escolher o que ele vai patrocinar. O governo quer ter uma parte nessa escolha através do Fundo Nacional de Cultura. Esse Fundo é o restolho, o que sobrou do patrocínio, mais o dinheiro que o governo federal bota nele. Por exemplo, eu consigo um patrocínio de R$ 500 mil para fazer um filme e gasto R$ 400 mil - R$ 100 mil vão para o Fundo Nacional de Cultura. Eu captei pra mim, não precisei, então devolvo e é esse dinheiro que vai para o Fundo.O que o ministro Juca está propondo é um critério artístico para patrocinar. Por exemplo, um critério óbvio é que o Cirque de Soleil não precisa de R$12 milhões do Bradesco. Isso é óbvio. E custa caro! Mas aí, (a analisar por aí) você vai chegar nas estatais de São Paulo que captam 80% da Lei Rouanet - vide Orquestra Sinfônica e várias entidades que entram na Lei Rouanet, embora o Estado tenha uma lei própria e possa bancar a Orquestra. Mas, captam pela lei federal.
Devíamos ter duas maneiras de fazer a captação. Do jeito que está é impossível. A FUNARTE gasta tudo o que ganha enxugando gelo. Se o prefeito da minha terra, ou o de Santa Rita do Passa Quatro resolver fazer uma biblioteca ou o cara da banda resolver comprar instrumentos, ele faz uma Lei Rounet. E pensa que uma vez aprovado (enquadrado) na Lei, o governo já vai dar dinheiro para ele. A maioria dos caras não sabem que é depois da aprovação (enquadramento) na Lei Rouanet que ele tem que captar o dinheiro. Na prática, 80% ou mais dos projetos, embora aprovados e com autorização, não conseguem captar um tostão. Quem consegue captar é gente famosa ou amigos dos empresários. A FUNARTE gasta quase toda a verba analisando projetos. Contrata técnicos que fazem a análise de cada projeto, um por um e de todas as especializações. Eles analisam projetos que sabem que não vão captar, mas é uma democracia. Se estiver dentro da Lei, direitinho na planinha... Se a análise técnica for aprovada, volta para o Ministério que publica no Diário Oficial – e o Ministério é obrigado a aprovar todos os que cumpram as exigências da lei. Aí o cara vai captar e descobre que vai começar o seu trabalho. Frente a isso, e porque o Ministério sabe quem capta, fizemos um banco de produtores para ver se conseguirmos passar isso à frente. No ano passado houve um tráfico tão grande de projetos que o Ministério não tinha capacidade para liberar. Como fazer? Você vai proibir que as pessoas façam projetos? Claro que não. Agora, o Juca [Ferreira] além da análise técnica, quer fazer a avaliação artística, no sentido do artístico-cultural - ou seja, decidir, “esse projeto interessa ao povo brasileiro? Esse projeto merece ter dinheiro do povo?”Empresários e governos tem pontos de vista diferentes

[ Zé Dirceu ] O mesmo critério que deveriam ter as empresas que tomam as decisões (de patrocinar o projeto).
[ Zé de Abreu ] Não. Na verdade, as empresas que tomam a decisão querem o contrário do que quer o governo. O governo quer que o não famoso e o regional tenham condições de captar; e ao conseguir, que faça o ingresso a R$ 10,00 e não a R$ 50. Já o empresário, pelo contrário, seu interesse é a visibilidade que ele terá com a marca. Esse é o seu retorno. Normalmente, se o projeto é bom, se ele está bem estruturado em termos da produção em relação à divulgação, se o elenco é bom, se o livro é bem escrito, se o músico for competente, se o artista tem tradição e não vai dar mancada, o empresário patrocina. O ponto de vista do empresário é muito diferente do ponto de vista do governo. O empresário quer botar a sua marca no jornal e na cabeça das pessoas que vão ver a peça, compram o livro ou ouvem a música. Já o governo quer que esse dinheiro volte para o povo de alguma maneira.

[ Zé Dirceu ] Qual balanço você faz desses seis anos de governo Lula na área da cultura?
[ Zé de Abreu ] O Gilberto Gil conseguiu dar uma dimensão muito maior para o Ministério da Cultura, pela sua presença pessoal. Sem falar que era um ministro artista. Ele cantava nas manifestações políticas. Agora, uma das falhas do PT (e isso desde o começo do partido) é que a questão cultural não é uma coisa... Lembro-me que teve um ano em que o PT ganhou muitas prefeituras. O [Paulo] Betti, o [Sérgio] Mamberti e o Wagner Tiso fizeram um documento a todos os prefeitos do país, para organizar secretarias de cultura e tal... E não tiveram retorno. Agora, o acerto foi ter botado o Gil (no ministério) e agora o Juca, que está fazendo um trabalho muito bom de discussão da Lei Rouanet. Há muito tempo não se discute a Lei. Não tem mais reunião de classe.
[ Zé Dirceu ] No começo do governo houve a tentativa de mudar os critérios e inventaram aquela história do “stalinismo” (acusação), mas antes que deixassem o debate evoluir, o governo recuou. E só depois descobriram que estava bem dividido. Essa discussão foi logo no começo da gestão Lula, pegava pontos como critérios da publicidade para distribuir patrocínio. Esse debate que o Juca está fazendo foi cortado lá no começo, com a pressão da mídia.
[ Zé de Abreu ] Sim.
Teatro é presença ao vivo

[ Zé Dirceu ] Você exercita o ofício de ator em diversos campos da arte: cinema, teatro, televisão. Quais as diferenças e o que pode ser melhorado em cada um desses meios para o trabalho do ator, e para estimular o público a ir ao teatro e a ver filmes brasileiros, por exemplo?

[ Zé de Abreu ] O teatro é a presença ao vivo. Eu decoro uma cena de televisão em cinco minutos, mas uma cena de teatro, eu demoro um mês. Não sei o porquê. Medo de errar? No teatro, tem peça que eu lembro até hoje; já na televisão, você acabou de fazer a cena, vai trocar de roupa e se o cara disser “tem um problema”, você tem que responder “me dá o texto de novo porque apagou”. Gravou, apaga. É memória volátil. No teatro, você demora muito para decorar e nunca mais esquece.
[ Zé Dirceu ] Mas você tem que incorporar o personagem na televisão, no teatro e no cinema.

[ Zé de Abreu ] Isso é a mesma coisa. A diferença é que no teatro a última pessoa no fundo tem que ver o que você está fazendo. Então, é tudo mais exagerado, o volume de voz, o gestual. Na televisão e no cinema, se você está no plano aberto, pode exagerar um pouco, mas conforme a câmera vai fechando na tua cara, menos você representa.No primeiro filme que fiz, eu mexi a sobrancelha. A câmara estava aqui e o diretor cortou e disse: “se você fizer esse barulho terá que botar áudio, porque tua sobrancelha estará com 4 metros”. Então, você não pode fazer nada. Essa relação se aprende com o tempo, mas quanto maior a lente, menos você faz. Se o cara falou “bota uma 50”, você já começa a ficar preocupado; se for 75, 100 e 120, não faz nada; 40, 32, 20, você pode fazer caras e bocas.No teatro não tem nada disso, é você e o público. No cinema, a câmera faz coisas para você. Um close maior aumenta a força do seu personagem. Não é preciso fazer na cara e na voz, como requer o teatro. Agora, o método de interpretação é o mesmo: arar a terra de forma que isso vá germinando. Você faz uma vida que não existe. Existe uma ciência que estuda isso inventada pelo Constantin Stanislavski, que tem um método racional para você melhorar como ator.Por exemplo, fui fazer o Juscelino Kubitscheck, um papel de época. Estudei toda a época do JK, sua vida; a da mãe e do pai, fotos daquele tempo. Fui para Diamantina (MG), conversei com a dona Sarah Kubitscheck, com suas filhas, netas e genros. Esta é a terra que você vai plantando para ver ser nasce alguma coisa dali. Mas existe o método objetivo, não tem essa de “inspiração”. Isso é piada. Na hora da estréia não tem um ator de teatro que não sente vontade de sair correndo e ir embora. É desesperador e quanto mais difícil a peça, mais desesperado você fica. Isso não existe nem na TV, nem no cinema.Público: qual química é essa? Ninguém sabe.
[ Zé Dirceu ] O que no Brasil tem melhorado para o ator? O que tem sido feito para estimular o público a ir ao cinema e ao teatro?
[ Zé de Abreu ] No teatro brasileiro, com raríssimas exceções, só faz sucesso comédia. Virou uma loucura. O preço é caro, mas se fosse comparar com o preço de quando eu comecei a minha carreira, hoje custaria R$300. Na realidade, o preço caiu. Não há como comparar com o cinema, em que você pode pegar um filme e colocar em 300 salas. Teatro tem que fazer uma sessão por dia, no máximo duas, mas não há público para isso. Veja, o público caiu tanto que quando comecei a minha carreira, eu fazia peças na 3ª, 4ª, duas sessões na 5ª sábado e domingo. Hoje, você só faz 6ª, sábado e domingo em São Paulo. No Rio é de 5ª a domingo. Hoje, em São Paulo, três dias da semana. Antes nós fazíamos oito sessões, era o exigido nos contratos que assinávamos nas décadas de 60 a 80. Teatro virou uma arte muito específica. Dentro dessa especificidade, só faz sucesso um Shakespeare, um Brecht, ou uma superprodução com atores muito bons - como está fazendo sucesso o Wagner Moura - ou essas 300 peças de comédia. Hoje em dia, você pega o pessoal que faz o Zorra Total, eles estão com peças lotadas em todas as cidades no interior de São Paulo.O cinema é uma incógnita maior do que o teatro. O que faz (filme) "O Menino da Porteira" colocar um milhão com 300 cinemas, e "Se Eu Fosse Você 2" colocar 6 milhões? "Se Eu Fosse Você 1" não teve nem um milhão e pouco de espectadores... O que faz? Pode ser o Tony Ramos na novela das oito? O Tony é engraçado? Agora, exatamente saber o que é, qual química é essa, ninguém sabe.

[ Zé Dirceu ] "Dois Filhos de Francisco"..
.[ Zé de Abreu ] O que fez "Dois Filhos de Francisco" ter 5 milhões? Ninguém sabe! O Daniel Filho chegou para o Breno [Silveira] e disse: “você está frito, nunca mais fará um sucesso desses, sua carreira só pode cair”. Foi o primeiro filme do Breno e já teve esse sucesso!

[ Zé Dirceu ] Milhões de brasileiros tem uma história parecida com esta. O filme trouxe de volta (a história) uma geração que há 20 ou 30 anos saiu do interior e passou a vida toda...
[ Zé de Abreu ] Foi o primeiro filme que quebrou o preconceito contra o caipira.
[ Zé Dirceu ] Trouxe a vida dessa gente.
[ Zé de Abreu ] Quando lançaram aqui no Rio, inclusive, para tirar o preconceito, eles pediram aos críticos que não vissem o filme como se fosse um filme de cantor brega.
[ Zé Dirceu ] Mas não é de cantor brega.
[ Zé de Abreu ] Esse filme ultrapassou tudo isso. Já "O Menino da Porteira" não aconteceu. Jogaram tudo muito em cima do Daniel. Hoje, está com 1 milhão de espectadores e esperava-se 4 a 5 milhões.
[ Zé Dirceu ] O brasileiro gosta de arte?
[ Zé de Abreu ] O brasileiro gosta muito de arte. O brasileiro não é conservador de jeito nenhum

[ Zé Dirceu ] Qual a sua avaliação do público brasileiro? Ele está preparado para a inovação? É conservador?
[ Zé de Abreu ] Não é conservador de jeito nenhum. Eu viajo muito pelo Brasil e muitas vezes, você liga para o prefeito e ele diz “o povo da minha cidade não gosta de teatro!” “Quantas peças o Sr. teve aí, prefeito?” “Que eu saiba nenhuma...” “Então, como o Sr. sabe que o povo não gosta? Deixa eu ir aí, é barato...” Como eu não tenho patrocínio, vou por conta do hotel, alimentação e um tanque de diesel - toda prefeitura tem uma bomba de diesel por conta do caminhão de lixo. Aí, você vai, o prefeito leva a família e quando vê, todo mundo bate palma. As pessoas querem ver, gostam mesmo. Agora, você tem que ir atrás.

[ Zé Dirceu ] Tem crescido o número de municípios com política cultural?

[ Zé de Abreu ] Muito, demais. Uma revolução. Toda cidade tem teatro. Acho que chegou a um ponto que os prefeitos não tinham o que fazer - fizeram as praças, o coreto, o clube - e veio a pergunta: “O que eu faço?” “Faz um teatro, bota o nome da sua mãe e pronto!” Brincadeiras à parte, teatro é um negócio que fica, mesmo que não tenha muito ator. Em 1994, um ano que eu rodei muito, não tinha teatro. Hoje em dia... Na sua região (Passa Quatro-MG), por exemplo, toda cidade tem teatro.
[ Zé Dirceu ] Mas a minha região é muito desenvolvida!
[ Zé de Abreu ] Santa Rita do Passa Quatro (a minha terra) tem teatro também. O prefeito conseguiu reformar o cinema velho e a prefeitura conseguiu aprovar. Em Poços de Caldas tem, inclusive, o Luis Nassiff é de lá.Agora, é importante dizer que como a TV Globo, não existe em nenhum país do mundo. Talvez a Índia com o cinema... Ao mesmo tempo em que a Globo faz com que fiquemos extremamente conhecidos, há um lado inverso: ela dá muito para o povo brasileiro em termos de novela, minissérie, humorismo. É muita oferta de graça, sem sair de casa. Você vê na televisão os mesmos bons atores que você vê no cinema. Nos Estados Unidos só agora a televisão está botando bons atores. Antes, eles só faziam cinema. Na Índia, a comunicação de massa é o cinema. Quando tem, por exemplo, um ator conhecido de um filme badalado, são filas de duas a três horas. Todo mundo quer ir à estréia. A Globo dá o arroz com feijão, a alimentação cultural que você precisa de ficção, de ver ator, cenógrafo, diretor. Esses elementos da arte teatral e cinematográfica, ela dá isso de graça ao povo brasileiro.[ Zé Dirceu ] Como é representar personalidades históricas, como o presidente Juscelino em "Bela Noite para Voar", ou mesmo, em "Fala Zé!" que você tem levado e que no fundo é um pouco de cada um de nós da geração de 68.
[ Zé de Abreu ] Sobre o Juscelino, tem um negócio interessante. Meu pai, que era goiano, em 05 de outubro de 1955, enquanto ouvia a apuração da eleição (a votação foi no dia 03) passou mal. Cinco dias depois, ele morreu. Minha mãe contava que ele era juscelinista. Eu era muito novo, tinha 9 anos. Mas ela falava que como ele era goiano, e Juscelino tinha falado de Brasília (prometido construir a capital num comício nesse Estado), todos os goianos estavam torcendo para que ele fosse eleito.Essa história do Juscelino caiu nas minhas mãos novamente quando eu fiz Anos Dourados. Eu fazia um militar juscelinista. Era um major da Aeronáutica, algo raro na época. Tanto que o sogro dele fazia um brigadeiro lacerdista, o Zélio Góis. E a dona Sarah Kubistchek, quando uma produtora de Minas quis fazer a vida do Juscelino no teatro, mandou me chamar. Acredito que por conta desse personagem. Aí, eu fui estudar a vida do Juscelino. E digo a você: se eu tenho alguma cultura, 80% dela vem desse estudo que faço para compor meus personagens. Agora mesmo, para a novela das oito, eu fui para a Índia, fiquei lá (na novela que vai até 11 de setembro, Zé de Abreu faz Pandit, um sacerdote indiano). E estou estudando sânscrito, mantra, canto. Então, comecei a estudar sobre o JK. Falei com a dona Sarah, li os livros do Juscelino, fiquei amigo do [Carlos Heitor] Cony. Esse livro Bela Noite para Voar é do Pedro Rogério Moreira. Tem muito material para estudar. Conversei com muita gente. O Cony sabe muita coisa sobre o Juscelino.Também o Cel. Afonso Heliodoro que era amigo pessoal do Juscelino, o Carlos Murilo Felício dos Santos, líder dele na Câmara. Fazer o Juscelino foi muito legal. Pena que a peça que montamos em Brasília e em Belo Horizonte, chegou no Rio no final de 1989. Era a disputa presidencial de Collor e Lula. Então, não dava, ninguém ia ao teatro. Nós íamos nas manifestações. Lembra-se da manifestação na Cinelândia?
[ Zé Dirceu ] E o "Fala Zé"?
[ Zé de Abreu ] Foi uma coisa de idade. Aos 60 anos dá vontade de falar do passado. A gente começou a produzir a peça antes do estouro da boiada, escrita por um gaúcho fundador do PT do Rio Grande do Sul. Na realidade, a peça falaria sobre um monte de Zés. Eu ia começar com o Zé Bonifácio e chegaria até o Zé Dirceu. Eu iria costurar essa história, mas no fim, ela ficou uma biografia minha, na qual passo por você, pelo Zé Mentor, e pelo tempo que nós passamos juntos.Já percorri mais de 200 cidades com esta peça. Nela, nós falamos muito sobre a ditadura. A gente mostra, ridiculariza e brinca com esse período, inclusive, com a tortura, as cenas na cadeia, a barra pesada. Primeiro fazemos rir, mas de repente, puxamos a cordinha. Tem momentos em que o público está rindo e de repente, você fala uma coisa extremamente grave, como Matta Machado, por exemplo. Você se lembra? Ele roncava muito, nós ficamos presos uns cinco dias juntos - eu, você o Matta Machado, o Arantes, Zé Roberto.Na peça eu digo que ele roncava muito e no meio do papo conto: Matta Machado veio de uma família de políticos mineiros, o pai dele era deputado federal e foi morto na tortura. Se o cara era filho de deputado federal e foi morto na tortura, imaginem o que eles não faziam com quem não era filho de deputado federal! Então, são essas coisas.
Zé Dirceu ] Tem muito público?[ Zé de Abreu ] Tem muito público. Mas, eu tenho que chegar na cidade antes do jornal do almoço. Esse jornal é fundamental para o pessoal saber da peça. Se você vai em cidade muito insólita, que ninguém vai, eles só acreditam quando veem o artista e você anda pela cidade
Zé Dirceu ] Você está muito conhecido.
[ Zé de Abreu ] Sim, às vezes, as pessoas não sabem bem o meu nome. Lembram mais o nome do personagem
Zé Dirceu ] Inclusive, eu montei uma tenda para você ler a mão do pessoal.
[ Zé de Abreu ] Vou comprar uma salinha em Copacabana.Estamos tendo um problemasério com a mídia
[ Zé Dirceu ] Zé, quais suas expectativas profissionais e como você está vendo o Brasil politicamente?
[ Zé de Abreu ] Profissionalmente, estou contratado até 2014. Minha posição na Globo é muito sólida. Eu posso fazer cinema e teatro, só não posso fazer televisão (em outras emissoras). Agora, o negócio é ter tempo. Até outubro gravo a novela. Ela estreou em janeiro – o Boni nunca deixava novela estrear em janeiro, tinha que ser sempre em abril, pelo menos a das oito, que é quando o país volta...
Politicamente vamos ver. Acredito que estamos tendo um problema sério com a mídia. Hoje, a Internet e os blogs independentes, apesar de terem menos força, estão conseguindo (se impor). Eu freqüento muito blogs, até abri mão do meu. Escrevo muito para o Nassif. Na verdade, eu gosto de falar sobre política. Agora, eu vou produzir meu longa e começa a filmar no ano que vem, em abri, no Rio Grande do Sul. É uma história sobre a imigração judaica.

[ Zé Dirceu ] E politicamente, a gente avança
Zé de Abreu ] Avança! Vou fazer campanha para a Dilma. A próxima eleição vai ser uma guerra. A vida é dura. Nunca o Brasil esteve tão dividido. Em blog a gente briga muito. Eu criei um personagem (um codinome) e às vezes, entro nos blogs. O meu personagem entra e começa com aquela história do paulista que reclama do trânsito: “esse Lula fica aí e agora qualquer pobre pode ter carro! Por isso que o trânsito não anda! Outro dia, eu estava no avião e o cara perguntou quanto ia demorar para baixar porque estava com vontade de fazer xixi! Nem sabe que tem banheiro no avião, e como é que anda de avião? Isso é culpa de quem? De quem? Do Lula! É óbvio.”Vocês não tem idéia de como tem gente que vai na minha, ou melhor, na do personagem. Está tudo muito dividido. Os blogs são uma coisa impressionante. E garanto que estou muito mais radical do que você quanto à mídia. Nós nunca tivemos uma imprensa tão raivosa e a campanha no ano que vem vai dividir muito o Brasil. Antes um cara para escrever uma carta no jornal era uma coisa... Hoje, para escrever e publicar na internet é muito mais rápido. E ainda dá para ser anônimo. Às vezes, você coloca uma defesa e vai levar cacetada. Acho que nem pode falar teu nome no blog do Reinaldo Azevedo.
[ Zé Dirceu ] A imprensa está partidarizada, o jornal editorializado. Criaram o jornalismo de escândalo e não tem mais do que tratar. O assunto deles era a crise... Agora, a crise está acabando e o país vai crescer 3%.
[ Zé de Abreu ] Totalmente. O que foi essa história da ficha da Dilma Rousseff? (na Folha de S.Paulo, uma ficha forjada). Pára com isso! Por que não assumem como os jornais americanos o lado em que estão e ponto final?

- extraído do site do Zé Dirceu - http://www.zedirceu.com.br/ - em 05/06/09

A glamorização da tragédia, por Pedro Porfírio

"Será que são consumidores da informação que têm o desejo por ler notícias ruins, desgraças, tragédias e sangue escorrendo no chão? Será que é por isso que a primeira reação dos hackers e disseminadoras de spans é enviar "fotos do acidente aéreo 477 da Air France" na tentativa de pegar trouxas curiosos"?Bruno Mendonça, redator publicitário, no blog "Deus salve a rainha"
Monopolizando os holofotes
Jobim não largou os holofotes para falar como catedrático do acidente do avião francês na rota Rio-Paris. Por pouco não se vestiu de piloto, como fez na Amazônia com o uniforme do Exército
Tão chocante como a queda do avião da Air France é a sua glamorização, como se estivéssemos diante de um "reality show", com direito a todo tipo de exibicionismo, a uma multiforme carga televisiva e a pencas de páginas nos nossos jornais diários. Desde a manhã de segunda-feira, dia 1 de junho de 2009, não se fala de outra coisa. A impressão que me assalta é a de que um verdadeiro exército quer tirar uma casquinha na perda de 228 seres humanos, cada um querendo mostrar maiores conhecimentos e mais doloridos sentimentos sobre o acidente fatal.Exibicionismo sob medida & nbsp; Como maior expressão desse espetáculo macabro, a figura do sr. Nelson Azevedo Jobim, de cabelos cortados, com uma varinha metálica à mão, um mapa luminoso às costas e a pose de catedrático na matéria. Desde o impacto da queda, o nosso ambicioso ministro da Defesa, que voltou correndo da África, não larga os holofotes, deixando ao fundo, bem longe, os militares e profissionais que realmente estão envolvidos nas buscas naquela imensidão do Atlântico e na equação das múltiplas possibilidades para a queda de um avião tão moderno e tido como a última palavra da tecnologia aeronáutica. A sua transformação em mestre da cerimônia fúnebre é uma forma de politizar a tragédia, na afirmação de que o governo age em solidariedade aos brasileiros enlutados com a queda do avião francês. E te m a ver com o triunfalismo boçal do Sr. Luiz Inácio, que aproveitou a cena para declarar na pequena Guatemala que "um país que pode achar petróleo a 6 mil metros de profundidade pode achar um avião a 2 mil metros". À frente da informação oficial, o ministro da Defesa também faz a adequação necessária, de forma a dosá-la no contexto de uma enormidade de indagações e analogias. Um técnico talvez não tivesse esse tipo de cautela. A febre espetaculosa que o acidente provocou serve também para mostrar a quantas chegou a arte de encher linguiça para manter a tragédia em cartaz. É preciso fazer qualquer pergunta ou acrescentar qualquer coisa para alimentar o noticiário. Especula-se sobre todas as hipóteses como se o quebra-cabeças proposto funcionasse como um excitador de populações vulneráveis à projeção dos sentimentos.A única notícia: o avião caiuO fato concreto já aconteceu na dureza da única notícia infensa à maquiagem: um Airbus da Air France, com 228 pessoas a bordo, caiu em alto mar no vôo Rio-Paris, em meio a tormentas detectáveis a tempo de desvios acauteladores. Nessa mesma madrugada, outras aeronaves passaram por essa área sem nenhum registro de qualquer desconforto. O vôo 447 não chegou ao seu destino, a lendária capital da França. Mesmo assim, nossa mídia fez questão de cozinhar a informação. Por muitas horas insistiu em que o Airbus DESAPARECEU, costurando a teia de uma tragédia desdobrável, até admitir o óbvio: desde o primeiro momento se sabia que o aparelho simplesmente CAIU no mar.A busca dos culpados A partir daí, uma mídia difusora produz um atrae nte espetáculo de luzes e cores. Até pessoas que nunca se imaginaram num avião elevam seus instintos às nuvens, num envolvimento inconsciente muito mais agudo do que ocorre nas tragédias emblemáticas da violência urbana, sejam os assassinatos animalescos entre nós, sejam aquelas ações irracionais nos Estados Unidos, tão bem reportadas por Mike Moore em "Tiros em Columbine". O noticiário intenso, embora sem aparentes segundas intenções, monopoliza os receptores das preocupações gerais. Cidadãos de todas as classes sociais querem saber até se há sobreviventes, porque a crença em milagres é infalível entre os que acreditam nos poderes divinos. Mas o espetáculo opera sua dinâmica. No bojo dessa expectativa tênue, assumidamente utópica, vem junto a busca dos culpados. Sim, a mais exigente clá usula de compensação da alma humana é o aparecimento dos responsáveis pela tragédia. Junto com a busca dos corpos e dos destroços, é preciso promover a caça aos culpados. À falta deles, pela variedade de hipóteses, serve um bode expiatório. Na generalização do luto e da dor, a indignação punitiva mescla-se com o medo contemplativo. Nesses dias, haverá uma redução de passageiros para além-mar. Logo nesse instante, em que os números haviam registrado um aumento de 15% nas viagens internacionais de brasileiros em 2008. Só para os Estados Unidos, 770 mil viajantes.O contra-ataque em númerosMas a glamorização que assusta e inibe também banaliza, acostumando as pessoas com a idéia de que o acidente faz parte das fatalidades a que todos estamos expostos. Cronistas lembram que o transporte aéreo "é o mais seguro do mundo" e contam com os números.Uma pesquisa divulg ada há alguns anos pela revista americana Newsweek mostrou que o transporte aéreo registra média de 0,01 morte a cada 100 milhões de milhas viajadas, enquanto os trens somam 0,04 e os carros, 0,94.Especialistas garantem: a frota mais nova e a evolução dos sistemas de segurança do setor tornaram os acidentes mais raros - mesmo com uma quantidade cada vez maior de vôos por todo o planeta.O número anual de acidentes aéreos, que estava em 61 no fim da década de 80, vem caindo ano a ano. Entre 1991 e 1996, ficou na casa dos 50; entre 1997 e 1999, caiu para 40; entre 2000 e 2002, para 30. Em 2003, foram apenas 19 acidentes, e em 2004, 20. Nesse mesmo período, entre os anos 80 e agora, subiu o número de vôos no mundo. Se em 1989 eram 12,3 milhões, em 1996 eram 16 milhões, e em 2005, cerca de 22,2 milhões de decolagens.Figurantes no show & nbsp; A divulgação de opiniões e análises alimenta a polêmica e corroi corações e mentes. Para dizer que está bem das asas, um piloto da TAM informou ter passado na área ainda antes do amanhecer, quando de cima das nuvens viu bolas de fogo a 11 mil metros de distância. Depois, outros, já em operações, fotografaram manchas de combustíveis, que seriam do aparelho acidentado. Logo, não houve explosão. É uma guerra subliminar alimentada por vaidades e por interesses econômicos, estes sempre inquietos e insaciáveis. É o show descrito com sutileza pelo jovem Bruno Mendonça: "Especialistas de todas as áreas apareciam: um raio teria desintegrado o avião , terrorismo não foi descartado e a verdadeira causa ainda seria apurada. Ai sempre aparece alguém que deveria ter embarcado no vôo, mas de última hora desistiu e torna-se um iluminado, alguém recebeu um sinal, e a imprensa entrevista, tira fotos, conta a história inteira. Outro personagem típico que vira notícia é um vidente, pai de santo, curandeiro, entidade demoníaca ou paranormal que previu tudo,< /FONT> mandou carta para Deus e o mundo, mas só divulgou a depois. Mas isso da Ibope, acesso, causa interesse de tudo mundo, então é noticiado".A alegria tétrica Causou-me repugnância também o aparecimento de salvados da tragédia. Não há prazer mais deprimente do que o expresso por um ilustre desconhecido que procurou aparecer como aquele que "nasceu de novo" pelo passaporte vencido, embora houvesse comprado passagem para o vôo sinistrado. Qual é o mérito? E agora, ficou feliz por não estar entre os 228 desaparecidos? Terá um orgasmo mais prolongado pela "ressurreição"? O exibicionismo é realmente uma manifestação de patologia múltipla e enigmática, que pode chegar aos píncaros da torpeza. Bem, o objetivo desta crônica era tão somente expressar a minha indignação diante da ex agerada exposição da tragédia aérea e dessa sequência de dramatizações espetaculosas, que refletem um momento de inspiração desprezível no cotidiano envenenado da sociedade humana.Era só o que tinha a dizer.coluna@pedroporfirio.comroporfirio.com

Texto recebido em 04/06/09

segunda-feira, 1 de junho de 2009

DICAS DA TERAPIA ORTOMOLECULAR, texto anônimo

1. DIFICULDADE DE PERDER PESO.O QUE ESTÁ FALTANDO: ácidos graxos essenciais e vitamina A.ONDE OBTER: semente de linhaça, cenoura e salmão - além de suplementos específicos
2.. RETENÇÃO DE LÍQUIDOS.O QUE ESTÁ FALTANDO: na verdade um desequilíbrio entre o potássio, fósforo e sódio.ONDE OBTER: água de coco, azeitona, pêssego, ameixa, figo, amêndoa, nozes, acelga, coentro e os suplementos.
3.COMPULSÃO A DOCES.O QUE ESTÁ FALTANDO: cromoONDE OBTER : cereais integrais, nozes, centeio, banana, espinafre, cenoura + suplementos.
4. CÂIMBRA, DOR DE CABEÇA.O QUE ESTÁ FALTANDO: potássio e magnésio.ONDE OBTER: banana, cevada, milho, manga, pêssego, acerola, laranja
5. DESCONFORTO INTESTINAL, GASES, INCHAÇO ABDOMINALO QUE ESTÁ FALTANDO : lactobacilos vivos.ONDE OBTER : coalhada, iogurte, missô, yakult e similares
6. MEMÓRIA RUIM.O QUE ESTÁ FALTANDO : acetil colina, inositol.ONDE OBTER : lecitina de soja, gema de ovo + suplementos
7. HIPOTIREOIDISMO. (PROVOCA GANHO DE PESO SEM CAUSA APARENTE)O QUE ESTÁ FALTANDO: iodo.ONDE OBTER : algas marinhas, cenoura, óleo, pêra, abacaxi, peixes de água salgada e sal marinho.
8. CABELOS QUEBRADIÇOS E UNHAS FRACAS.O QUE ESTÁ FALTANDO : colágeno.ONDE OBTER : peixes, ovos, carnes magras, gelatina + suplementos
9. FRAQUEZA, INDISPOSIÇÃO, MAL ESTAR.O QUE ESTÁ FALTANDO : vitaminas A, C, e E e ferro.ONDE OBTER : verduras, frutas, carnes magras e suplementos
10. COLESTEROL E TRIGLICERÍDEOS ALTOS.O QUE ESTÁ FALTANDO : Ômega 3 e 6ONDE OBTER : sardinha, salmão, abacate, azeite de oliva
Cozinhe a seu favor...-Evite a ingestão de queijos e carnes gordas e frituras. A gordura acelera o processo de oxidação dos alimentos.-Cozinhe os alimentos no vapor ou até 100ºC, pois muito calor também oxida os alimentos.
-Evite utensílios de alumínio; os resíduos desse metal são tóxicos e podem ficar nos alimentos.-Preferir panelas de vidro ou antiaderentes.
-Em hipótese alguma, aqueça os seus alimentos em embalagens e recipientes de plástico no microondas.
GELATINA TEM AÇÃO EFICAZ NA PROMOÇÃO DA SAÚDE E BELEZA
Com poucas calorias e bastante versatilidade, a gelatina é uma aliada daqueles que procuram manter uma alimentação saudável regularmente. Sem gordura, nem colesterol, e com muita água ela é uma opção e tanto para quem procura se alimentar bem.
Em função da sua ação no nível gástrico e como se liga a uma grande quantidade de água, a gelatina produz um ativo efeito de saciedade. Assim também é uma opção para quem está de dieta ou procura alimentos com poucas calorias.
Ela é composta por cerca de 84 a 90% de proteína, 8 a 15% de água, 1 a 2% de sais minerais e tem em sua composição subprodutos do colágeno, proteína predominante na pele, ossos, cartilagens, tendões e tecido conjuntivo.
O colágeno representa cerca de 25% de toda proteína do organismo humano e tem uma função primordialmente estrutural, ou seja, dá sustentação às células, mantendo-as unidas.
De acordo com a nutróloga Tamara Mazaracki, ela é recomendável porque além de ser pouco calórica, fornece nove dos dez aminoácidos essenciais ao corpo, beneficiando a síntese do colágeno e auxiliando na nutrição dos tecidos. As propriedades do colágeno fazem dele um ingrediente especial e importante.
A gelatina oferece uma combinação multifuncional única de propriedades tecnológicas e promotoras da saúde. O uso da mesma tem dado resultados positivos principalmente nofortalecimento dos ossos, na prevenção de doenças como osteoporose, na nutrição desportiva, promovendo maior resistência e também na manutenção da beleza, auxiliando o crescimento e brilho das unhas, dos cabelos e da pele.
Para quem procura um efeito mais rápido e não quer ingeri-la somente como sobremesa, é só procurar a gelatina hidrolisada (também chamada de colágeno hidrolisado). Esta pode ser diluída em meio copo de água ou adicionada em sucos, leite, sopas, chás, com dose diária de 10g (1 colher de sopa),ensina a nutróloga'.
LEITE, ESPINAFRE E SALMÃO COMBATEM A ARTROSEO pensamento de que a artrose não tem cura e o máximo que se pode fazer é suportar as dores já caiu por terra. A medicina ortomolecular mostra que por meio de leite, tomate, espinafre, kiwi, salmão, entre outras frutas, verduras, legumes, o paciente pode adquirir uma melhor qualidade de vida.
O tratamento à base da reposição de zinco, magnésio, cálcio e vitaminas diminui a dor, a rigidez das articulações e aumenta a capacidade geral do indivíduo.Ao longo dos tempos, o homem vem se saciando pela quantidade e não pela qualidade, o que na prática leva ao desequilíbrio de nutrientes vitais para o organismo. É com esse intuito que o tratamento fornece energia ao organismo, mostrando a maneira correta de se alimentar. Legumes e verduras crus são uma fonte de sais minerais, vitaminas e fibras. Já frutas são alimentos ricos em energia e mantém a saúde através de suas vitaminas, sais minerais e enzimas, além de varrer os radicais livres.
A artrose surge a partir dos 30 a 40 anos, de forma silenciosa, podendo causar desde desvios de direção nos joelhos até alterações do metabolismo. Caracterizada pelo desgaste da cartilagem articular, associada às alterações perto da cartilagem como os ossos, a membrana sinovial e o líquido sinovial,a doença se estabelece principalmente na coluna, nos ossos das mãos, nos pés e na bacia. No entanto, quanto mais cedo for diagnosticada, melhores serão os resultados obtidos .
Os principais aliados ao combate da artrose são:
Zinco - promove a liberação do hormônio do crescimento, participa da estrutura dos ossos e dentes. Encontrado em ovos, cereais e carnes vermelhas
Cálcio - componente estrutural dos ossos, sua deficiência pode levar osteoporose, raquitismo. Encontrado no leite e derivados, brócolis e abóbora
Selênio - melhora as condições da cartilagem. Encontrado no alho, cebola cogumello (champions) e castanha-do-pará.
Magnésio - fixa o cálcio nos ossos e dentes. Sua falta pode dar ausência de crescimento ósseo. Encontrado na soja, salmão, espinafre, caju e abacaxi.
Boro - melhora o balanço de cálcio negativo no sangue. Sua deficiência pode levar a osteoporose. Ele é encontrado no figo, pêssego, uva, pêra. A água também é uma fonte de boro, dependendo da sua origem.
Vitamina D - previne fraturas. Sua diminuição afeta o crescimento ósseo, podendo levar ao raquitismo e osteoporose. Encontrada no fígado, ovo e banhos de sol.
Vitamina K - proteína responsável pela fixação do cálcio aos ossos e previne a osteoporose participando ativamente da formação óssea. Encontrada no iogurte, alfafa, gema de ovo, óleo de açafrão, óleo de soja, óleo de fígado de peixe, algas e verduras.
Vitamina C - tem influência decisiva no metabolismo do tecido ósseo e da cartilagem, sua deficiência pode causar alterações de crescimento.Encontrada no tomate, couve-flor, kiwi e laranja.
MAMÃO: QUE REMÉDIO! O PODER DO MAMÃO
Depoimento de um paciente:Como eu já tive 'gastrite aguda' (posso provar por imagem de endoscopia), (nem um copo de água podia ingerir, que me dava azia), o próprio médico, há uns 20 anos, recomendou-me, ao invés de tomar os remédios (que vinha me receitando por quase dois anos), que de manhã, por 30 dias, me limitasse a comer um 'mamão papaya', de quem já ouvira maravilhas para curar gastrites e afins.
Nesse período, até as 10 horas, não deveria ser tomado nenhum líquido. Café, chás ou outras bebidas que contivessem pó não poderiam ser tomados em hipótese alguma durante um mês.
Pois qual não foi nossa surpresa, quando ao final dos 30 dias, em nova endoscopia, meu aparelho digestivo não apresentava mais nenhum sinal de gastrite.Transmito isso, pois sei que muitas pessoas se abstém de comer doces ou outras iguarias, porque logo vem a dolorosa azia.
Desde que comecei a comer, todo dia, um 'mamão papaya', de manhã, nunca mais tive qualquer sintoma de azia ou mal estar. Posso comer doces, chocolates, etc.!Ah!. sem contar que naquela ocasião também sofria de hérnia hiatal, a que provoca o refluxo ...O mamão (Carica papaya), originário da América Tropical, é uma das melhores frutas do mundo, tanto pelo seu valor nutritivo, como pelo poder medicinal. Cada parte desta planta é preciosa, a começar pelo tronco! De sua parte interna, retira-se uma polpa que depois de ralada e seca - assemelha-seao coco ralado. É rica em propriedades nutritivas e aproveitada em alguns lugares no preparo de deliciosas rapaduras.
O cozimento das raízes dá um tônico para os nervos, e é também remédio para as hemorragias renais. As folhas do mamoeiro, após secas à sombra, têm aplicação no preparode agradável chá digestivo que pode ser dado livremente às crianças, pois não contém cafeína.
O suco leitoso extraído das folhas é o vermífugo mais enérgico que se conhece. Usa-se diluído em água. Ainda é digestivo e cura feridas. Em diversos lugares, a medicina popular o utiliza para tratar eczemas,verrugas e úlceras.
Os índios preparam a carne envolvendo-a com folhas de mamoeiro por algumas horas, antes de levá-la ao fogo. Este processo amacia a carne.
Com as flores do mamoeiro macho prepara-se um maravilhoso xarope que combate a rouquidão, tosse, bronquite, gripe e indisposições gástricas causadas por resfriados. Coloca-se um punhado de flores, com um pouco de mel em vasilha resistente ao calor, mas que não seja de alumínio. Acrescenta-se um copode água fervendo, tapando-a bem. Depois de esfriar, tomar às colheradas, de hora em hora. Com o fruto verde faz-se um doce maravilhoso.
Pode-se também prepará-lo ensopado ou ao molho branco.
O mamão maduro é altamente digestivo (cada grama de papaína - fermento solúvel contido no fruto - digere 200g de proteína); tem mais vitamina C que a laranja e o limão; contribui para o equilíbrio ácido-alcalino do organismo é diurético, emoliente, laxante e refrescante; cura prisão de ventre crônica e, em jejum, pela manhã, faz bem ao estômago; é eficaz contra a diabete, asma e icterícia; bom depurativo do sangue; não pode faltar na alimentação da criança, pois favorece o seu crescimento. Depois de comer-se o mamão, esfrega-se a parte interna da casca sobre a pele para tirar manchas, suavizar a pele ásperae eliminar rugas.Mastigar de 10 a 15 sementes frescas elimina vermes intestinais, regenera o fígado e limpa o estômago. Comidas em quantidade, são eficazes contra câncer e tuberculose.
Faltava dizer que qualquer uso que se faça de qualquer parte desta planta traz consigo uma ação vermífuga poderosa, o que bastaria para destacar sua importância. Melhor que consumir frutos do supermercado (colhidos verdes e amadurecidos à força no carbureto), é colhê-los já maduros no pé, no próprio quintal, pois serão livres de agrotóxicos.Num espaço bem apertado cabem vários mamoeiros. Eles gostam de terra boa, bem adubada. O consumo do mamão é recomendado pelos nutricionistas por se constituir em um alimento rico em licopeno (média de 3,39 mg em 100 gr), vitamina C e minerais importantes para o organismo.Quanto mais maduro, é maior a concentração desses nutrientes.
MELHORE O SEU DIA-A-DIA
Hábitos nocivos diminuem produtividade no dia-a-diaMuitos fatores colaboram para a diminuição de sua produtividade diária.
Noites mal dormidas, alimentação inadequada, intestino preguiçoso pela manhã stress no trânsito e vários costumes nocivos contribuem para que ao organismo não consiga desempenhar bem todos os papéis necessários que poderiam garantir um excelente dia. Aqui estão algumas dicas básicas para você se sentir mais leve durante a jornada diária, colaborando para seu bem estar físico e disposição.
1 - Comece preparando-se para uma boa noite de sono. Procure serenar a mente pelo menos 30 minutos antes de se deitar com uma leitura agradável ou uma boa música. Quando dormimos mal ocorre um atraso na produção da melatonina,que é uma substância responsável pelo funcionamento correto do organismo em momentos específicos do dia, como o controle da pressão arterial, freqüência cardíaca, liberação de hormônios e funcionamento de todos os órgãos, inclusive dos intestinos.
2 - Leite quente com bolachas é uma ótima opção para uma boa noite de sono, pois favorecem a produção de serotonina, outro hormônio igualmente importante para acalmar os ânimos. Sua baixa é fator determinante para ocasionar sintomas de depressão, irritabilidade, impulsividade ou excesso de apetite.
3 - Pela manhã, procure se levantar 15 minutos antes do horário previsto, para uma pequena sessão de alongamento, deixando para trás possíveis dores no corpo e facilitando a entrada de oxigênio nos pulmões e conseqüentemente no sangue. Um organismo mais oxigenado propicia um melhor funcionamentodo sistema imunológico, além de trazer bem-estar e disposição.
4 - Não tenha pressa, faça seu intestino funcionar todas as manhãs, antes do banho. Intestinos cheios liberam muitas toxinas para o sangue, deixando as pessoas irritadas e enfezadas, como o próprio nome já diz, além de prejudicar a absorção de vitaminas pelo organismo. O intestino pode ser educado para funcionar em casa pela manhã. De preferência não vá ao banheiro no trabalho, pois é um local infectado, por mais limpo que pareça.
5 - Combata o stress e o nervosismo diário alimentando-se com fontes produtoras de Triptofano, como o leite e iogurte desnatados, queijos brancos e magros, carnes magras, peixes, nozes, banana, arroz, batata, feijão, lentilha, castanhas, abacate, soja e carboidratos.
6 - Durante o dia levante-se de hora em hora para fazer alongamentos, melhorando a respiração e a postura.
7 - Evite falar por longos períodos em aparelhos celulares e procure não se expor ao computador por períodos muito longos. Coloque uma solução de água e sal ao lado do computador, minimizando os índices de eletromagnetismo nocivo do ambiente.
8 - Diminua o número de xícaras de café e tome muita água durante o dia, mesmo que tenha que abandonar o trabalho várias vezes durante a jornada para ir ao banheiro. Lembre-se: Seu corpo está funcionando. Sem água seu sangue fica grosso, o que dificulta a circulação e atrapalha o funcionamento do sistema imunológico.Todas estas medidas farão com que seu organismo funcione de forma muito mais eficiente, seu sistema imunológico fique muito mais ativo, sua circulação sanguínea melhore, seu humor se transforme para que você consiga enfrentar todos os desafios que se apresentam durante o seu período de trabalho.
NEURÓBICA - GINÁSTICA PARA O CÉREBRO
Trocar de mão para escovar os dentes é bom para o cérebro. O simples gesto de trocar de mão para escovar os dentes, contrariando a rotina e obrigando à estimulação do cérebro, é uma nova técnica para melhorar a concentração, treinando a criatividade e inteligência e, assim, realizando um exercício de NEURÓBICA.
Uma descoberta dentro da Neurociência, vem revelar que o cérebro mantém a capacidade extraordinária de crescer e mudar o padrão de suas conexões.Os autores desta descoberta, Lawrence Katz e Manning Rubin (2000), revelam que a NEURÓBICA, a 'aeróbica dos neurônios', é uma nova forma de exercício cerebral projetada para manter o cérebro ágil e saudável, criando novos e diferentes padrões de atividades dos neurônios em seu cérebro.
Cerca de 80% do nosso dia-a-dia é ocupado por rotinas que, apesar de terem a vantagem de reduzir o esforço intelectual, escondem um efeito perverso: limitam o cérebro. Para contrariar essa tendência, é necessário praticar exercícios 'cerebrais' que fazem as pessoas pensarem somente no que estão fazendo, concentrando-se na tarefa. O desafio da NEURÓBICA é fazer tudo aquilo que contraria as rotinas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional 'Tente fazer um teste:
01 - Use o relógio de pulso no braço direito;
02 - Escove os dentes com a mão contrária da de costume;
03 - Ande pela casa de trás para frente; (Vi na China o pessoal treinando isso num parque);
04 - Vista-se de olhos fechados;
05 - Estimule o paladar, coma coisas diferentes;
07 - Veja as horas num espelho;
08 - Faça um novo caminho para ir ao trabalho;
09 - Converse com o vizinho que nunca dá bom dia...
10 - Comece agora trocando o mouse de lado.
A proposta é mudar o comportamento rotineiro. Tente, invente, faça alguma coisa diferente e estimule o seu cérebro. Vale a pena tentar!
-- texto anônimo recebido de marisa estanislau moreira em 01/06/09